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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

7 dicas essenciais para dominar o Skype.


O Programa tem truques e recursos pouco conhecidos que ajudam a economizar na hora de conversar com a família e podem lhe dar mais agilidade nos negócios.

O Skype é tão popular que algumas pessoas usam o nome do serviço como um verbo. Ainda assim a maioria delas o utiliza apenas para fazer chamadas de voz, ou uma ocasional videochamada, para amigos e parentes distantes.

É uma pena, porque o Skype é também uma poderosa ferramenta para os negócios. Uma videoconferência pode substituir uma viagem de negócios, economizando dinheiro com passagem aérea, hotel e aluguel de um carro.

E o Skype tem mais recursos do que aparenta. Você pode, por exemplo, usá-lo para enviar mensagens SMS, para fazer uma apresentação em PowerPoint, para economizar com o Wi-Fi em viagens, para facilitar a participação em conferências e até adicionar um botão do Skype ao seu site, para que seus clientes possam contatá-lo de uma forma gratuita e simples. Interessado?

1. Compartilhe sua tela

É mais fácil mostrar do que contar, e o Skype permite que você transmita, além de sua imagem, o que acontece na tela de seu computador. Com este recurso, que é um dos segredinhos do programa, você pode compartilhar uma apresentação, mostrar uma página web ou demonstrar como usar um software.

Inicie uma chamada e, assim que ela se completar, clique no ícone + na barra de chamada e escolha o item Compartilhar tela. Na janela que aparece, clique no botão Iniciar. Com isso você irá compartilhar seu desktop inteiro. Se quiser compartilhar apenas uma janela, clique na seta para baixo e escolha Compartilhar janela. Escolha a janela e clique em Iniciar.

Pronto! Agora seu interlocutor poderá ver tudo o que você vê na tela. Se você quiser compartilhar sua tela com um grupo de pessoas, precisará de uma conta Skype Premium.

2. Grave chamadas

Gravar chamadas pode ser algo muito útil nos negócios. Desde que ambos os lados estejam de acordo com a gravação, ela pode ajudá-lo a revisar pontos importantes em uma reunião ou na transcrição de uma conversa com um cliente.

Existem vários aplicativos para Windows que podem gravar chamadas. O MP3 Skype Recorder, por exemplo, pode iniciar uma gravação automaticamente ou manualmente, e funciona em conferências, chamadas de Skype para Skype, de Skype para telefones e de telefones para Skype. E o que é mais legal: é possível dividir a chamada em duas trilhas, uma com o seu áudio e outra com o áudio da pessoa com quem você está falando. E o programa é gratuito.

Se você quer algo ainda mais versátil, experimente o IMcapture. Ele pode gravar chamadas de vídeo e é compatível com PCs com Windows e Macs. Custa US$ 50.

3. Entre em conferências com facilidade

Se você passa muito tempo em conferências, sabe que o caminho até elas é cheio de incômodos: achar os detalhes na agenda (ou o e-mail de confirmação), discar o número, digitar a senha, etc.

Se você é um usuário do Outlook, experimente o InstantMeeting da Plantronics. Este add-on gratuito puxa os dados das conferências de seu calendário do Outlook, te lembra antes do início de cada uma e possibilita a discagem via Skype com um clique. Se você está organizando a reunião, pode usar o InstantMeeting para notificar os participantes de um atraso. E se a ligação cair, basta um clique para rediscar.

Vale notar que o InstantMeeting também tem versões para Android, BlackBerry e iOS, embora elas não se integrem ao Skype.

4. Coloque um botão do Skype em seu site

Quer dar aos seus clientes uma forma gratuita de entrar em contato com você? Basta adicionar um botão do Skype ao seu site. Você pode escolher entre meia dúzia de estilos (dois deles dinâmicos, ou seja, mudam para informar se você está online ou offline) e depois basta colocar o código HTML no local desejado em seu site.

Se você quer ter ainda mais controle, acesse este assistente para mudar o estilo, tamanho, cor, fundo e outros aspectos do botão, incluindo sua função: iniciar chamadas, bate-papo ou mensagens de voz.

5. Consiga um número Skype

Adicionar um botão do Skype ao seu site permite que as pessoas chamem sua empresa diretamente, mas não é a mesma coisa que ter um número de telefone de verdade que você possa compartilhar com clientes e contatos importantes. Se você quer receber chamadas via Skype com a mesma flexibilidade que as faz, peça um número online (Skype Online Number).

Ele é basicamente um número de telefone dedicado, para o qual as pessoas podem discar a partir de qualquer telefone fixo ou celular. Mas quando alguém chamá-lo, quem “toca” é o Skype, onde quer que você esteja, como em uma chamada de PC para PC. Há até um identificador de chamadas.

O mais legal é que você pode escolher um código de área para seu número, então você pode dar aos seus clientes de Salvador um número de Salvador, aos parentes do Rio um número do Rio, e todos irão “tocar” no mesmo lugar. Você pode associar até 10 números online a uma conta do Skype, e o recurso é parte de um pacote que inclui redirecionamento de chamadas e caixa postal de voz, por € 15 (cerca de R$ 39) por três meses ou € 50 (cerca de R$ 130) anuais.

6. Mande mensagens de texto sem gastar muito

Este é outro segredinho do Skype. Você pode usá-lo para mandar, a partir do computador ou do smartphone, mensagens SMS para qualquer um de seus contatos. Imagine que você está trabalhando no computador e quer mandar uma mensagem para um colega. Basta iniciar um chat como de costume, mas logo abaixo da caixa de mensagem clique no texto via Skype e mude para via SMS. A mensagem será enviada para o número de celular associado ao contato. Se não houver nenhum, o Skype lhe pede para adicionar um número.

As mensagens não são gratuitas: você precisa de créditos do Skype para usar este recurso, e o custo por mensagem varia de acordo com o país onde está o destinatário. Mensagens para números no Brasil, por exemplo custam R$ 0,45, para os EUA saem por R$ 0,24 e para o Japão saem por R$ 0,14 cada (vá entender...). Não é a melhor opção para falar com sua namorada que mora na mesma cidade, mas pode ser bem mais barato do que a tarifa da operadora quando você, ou ela, está fora do país. Uma tabela com os preços das mensagens está disponível no site do Skype.

7. Economize com o Wi-Fi em viagens

Em viagens internacionais não é incomum um hotel cobrar US$ 10 ou US$ 20 por dia pelo acesso à internet. Às vezes até mais. Mas o Skype Wi-Fi promete te manter conectado por menos: usando a versão do software para Windows ou o app para iOS você pode se conectar a qualquer um dos milhões de hotspots Skype em todo o mundo. O serviço não é gratuito: o pagamento é feito usando o créditos na sua conta, mas o Skype cobra (pouco) por minuto de uso em vez de pela quantidade de dados consumidos ou por um período fixo.

E agora, Mestre Giz?


Há duas décadas atrás, lá pelo final da década de 80, Mestre Giz reinava na escola e era a última palavra depois do livro didático. Tinha um enorme orgulho, aliás, de conhecer o livro didático, seu mestre, de cabo a rabo. Suas aulas eram impecáveis e se você perdesse uma delas na sexta série A, poderia assistir a mesma aula na sexta série B, pois Mestre Giz tinha uma aula tão “redondinha” que até as piadinhas eram perfeitamente encaixadas no contexto da aula. Absolutamente tudo sem imprevistos e nem improvisos.

Como que por mágica, Mestre Giz deu uma cochilada numa bela e preguiçosa tarde, logo depois do almoço, e viu-se transportado no tempo para uma década adiante, lá pelo final dos anos 90, na virada para 2000. Acordou babado e meio assustado com o que viu: uma sala cheia de computadores, com uma Internet meio capenga e dezenas de cadeados por todos os lugares possíveis. Era a escola tecnológica chegando.

Mestre Giz logo desconfiou daquela parafernália toda e concordou de imediato com a gestão da escola de que era preciso colocar muitos cadeados nas portas e impedir os mortais comuns de mexerem naquelas coisas, evitando assim quebrá-las. Também concordou que seria preciso muito treinamento, formação e projetos inovadores nos próximos anos para que se pudessem usar aquelas coisas e, acima de tudo, era preciso saber para que se usariam aquelas coisas. Se era para ensinar, ele não precisava, pois já sabia fazer isso.

Dias, semanas, meses e anos se passaram e os alunos revoltosos continuavam querendo usar aquelas maquininhas. Mas para quê? Mestre Giz até foi obrigado a fazer um curso sobre como usar um tal de Word e outro Excel, mas já havia esquecido tudo e, além disso, ele não precisava realmente daquilo. Alguns colegas, até mais velhos do que ele, já tinham computadores em sua casa e os usavam, até para “surfar” na Internet, e ele mesmo já havia comprado um para sua filha, mas na escola as coisas eram diferentes porque faltava alguma coisa a mais para poder usar os computadores: faltava um motivo!

Certa vez um professor metido a diferente levou a classe até a Sala de Informática, mas quebrou a cara porque os computadores estavam muito velhos e desatualizados e a Internet nem funcionava em alguns computadores. Além disso, os alunos usavam as Lan Houses do bairro e dispunham de máquinas muito melhores em suas próprias casas. Mestre Giz não pôde esconder um certo sorriso de satisfação ao ver comprovada a sua tese de que aquelas maquininhas eram mesmo inúteis na escola.

Como o tempo é o grande carrasco das verdades absolutas, um dia aquele professor teimoso, de tanto teimar, conseguiu fazer algo dar certo na Sala de Informática. Não foi nada de muito sofisticado, apenas uma pesquisa rápida na Internet e um texto, digitado naquele tal de Word. Pura perda de tempo, concluiu logo Mestre Giz. A cena se repetiu outras vezes e até mesmo com outros professores, mas a grande pergunta de Mestre Giz continuava sem resposta: e para que EU preciso disso?

Hoje cedo Mestre Giz levantou da cama pelo mesmo lado que sempre levanta, pisou com o pé direito primeiro, como sempre, e tomou seu café com leite e pão com manteiga antes de ir para a escola. Escola que, aliás, parece cada dia pior. Os alunos já não têm mais tanto respeito como antes e nem demonstram muito interesse pelas suas aulas que, à propósito, continuam “redondinhas” como há duas décadas! “Azar o deles”, sentencia Mestre Giz.

Alguns colegas professores andam com notebooks ao invés de cadernos, e usam um tal de data-show de vez em quando, ao invés do projetor de slides. Parece que é melhor, mas dá muito trabalho fazer alguma coisa no computador para depois ter que usar o notebook da escola e o data-show e, além disso, não há ninguém na escola para fazer toda essa montagem para os professores. Os professores têm que, eles mesmos, colocarem as imagens no computador e ligar tudo no data-show. Assim fica muito difícil, conclui para si mesmo Mestre Giz, com um certo ar de espanto com aqueles professores que conseguem fazer essas coisas sozinhos e sem cursos ou formações especiais.

Na hora do intervalo, Mestre Giz fez as contas para sua aposentadoria e descobriu que agora falta pouco. Ainda bem, pensou ele, afinal a escola mudou muito e está cada dia mais difícil ensinar. Ele tem pena desses professores mais novos que são obrigados a usarem computadores, Internet, data-show, DVD e outras porcarias para poderem ensinar suas disciplinas. Ele nunca precisou de nada disso. É pena também que os alunos não saibam dar o merecido valor às suas aulas e não entendam que ele já sabe tudo o que os alunos precisam saber. É pena que a juventude ache que pode escolher o que aprender só porque tem uma tal de Internet e que passem tanto tempo nos computadores ao invés de estarem mergulhados nos livros.

Quando estava saindo para o almoço uma aluna lhe perguntou se não podia entregar em um CDROM a pesquisa que ele passou como tarefa, ou mandar por e-mail. É claro que ele respondeu que não. E como esses alunos estão a cada dia mais atrevidos, a garota lhe perguntou com a maior inocência “porque não?”.

Sacando como sempre de sua arma mais poderosa, a razão, Mestre Giz disparou na aluna o mesmo petardo que vem disparando há duas décadas em todos aqueles que lhes questionam o porquê dele simplesmente se negar a usar as novas tecnologias na educação: “Ora, minha cara, eu não preciso de nada disso para lhe ensinar minha matéria”. Mas, desta vez, ao invés do silêncio que costuma receber em resposta, a garota, atrevida que é, parece que resolveu retrucar com algo que até então Mestre Giz ainda não havia compreendido muito bem: “Eu sei que VOCÊ não precisa, professor, mas EU preciso e PRECISAREI A VIDA TODA. Porque não posso usar então?”.

E agora, Mestre Giz?

(*) Este texto é uma fábula. Ele é totalmente fictício. Mestre Giz, ou professores que acreditam que não precisam usar as novas tecnologias na escola porque são capazes de ensinar sem elas, e que desconhecem a necessidade que os alunos têm de aprender com elas, são personagens inexistentes na vida real. Qualquer semelhança entre os personagens dessa fábula e a realidade cotidiana de uma escola é mero fruto da sua própria imaginação.

(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):

ANTONIO, José Carlos. E agora, Mestre Giz?, Professor Digital, SBO, 18 set. 2009. Disponível em: . Acesso em: [coloque aqui a data em que você acessou esse artigo, sem o colchetes].

Uso pedagógico do blog – o Edublog.


 “Algumas coisas que um novato na blogosfera precisa saber sobre a criação e manutenção de blogs de uma forma geral e, em especial, sobre os edublogs”.

Há cinco anos atrás eu escrevi um artigo intitulado “Blogs, Flogs e a inclusão websocial”. Na época o foco do artigo consistia em mostrar que estava nascendo uma forma de inclusão social na web, a que eu chamei de “inclusão websocial”, onde usuários sem conhecimentos da linguagem HTML e de outras linguagens de criação de páginas para a web podiam começar a criar seus “sites” e assim conquistar seu espaço de autoria na web por meio dos blogs, dos flogs e de outras ferramentas que então estavam despontando na rede (inclusive o Orkut).

Naquela época os blogs eram vistos por muitos professores como “coisa de adolescente”, pois os blogs nasceram com a inspiração de serem “diários digitais” e, além disso, a maioria dos blogs brasileiros tinha mesmo o formato de diário de adolescente, pois eram blogs criados por adolescentes e que tinham como público alvo outros adolescentes.

O fato é que os adolescentes saíram na frente e criaram seus blogs, tornam-se autores e ocuparam seu espaço na web, enquanto os professores, em sua maioria, ainda discutiam se valia ou não a pena usar novas tecnologias na educação.

O tempo passou. Cinco anos, na história da web, é um tempo imenso! De 2004 para cá os blogs brasileiros caíram também no gosto de muitos “adultos”. Jornalistas, profissionais liberais, donas de casa e (vejam só!) até mesmo professores começaram a ocupar cada vez mais a blogosfera.

Hoje em dia eu creio que seja bobagem discutir a utilidade das TICs na educação, ou explicar o que é um blog, mas talvez ainda seja tempo de falar um pouco sobre o uso pedagógico dos blogs, principalmente tendo em vista que a cada dia mais e mais professores ingressam nesse incrível mundo da publicação e da autoria.

Apesar de sua origem com formato e pretensão de “diário”, o blog é, na verdade, um site. Ter um blog ou ter um site é a mesma coisa se o objetivo for possuir um endereço na Internet onde se possam publicar materiais diversos. A única diferença é que um “site”, no sentido original do termo, é um espaço que requer a criação não apenas de conteúdo, mas também de layouts, programações em HTML, CSS, javascript, PHP, SQL e outras linguagens usadas na net.

O blog, no entanto, oferece toda essa programação, o layout, as ferramentas de divulgação e até mesmo seu “endereço na web” prontos, de forma que aos seus donos cabe apenas prover o conteúdo. E é aí que está o “X” da questão!

Para que um blog sobreviva na blogosfera e cumpra seu papel como espaço de publicação e autoria, ele precisa ter pelo menos 4 requisitos básicos:

  1. Possuir um objetivo claro
  2. Visar um público específico
  3. Possuir conteúdo útil para o público visado
  4. Ser atualizado frequentemente

5.      A “cara” do seu blog não é tão importante quanto o conteúdo que você colocará nele, principalmente se estamos falando em um edublog, mas dependendo do seu público ela pode ser também um requisito. Há muitos layouts disponíveis e você pode escolher aquele que julgar mais adequado. Vamos então nos ater ao conteúdo e ao pressuposto de que você quer dar um “uso pedagógico” ao seu blog.

6.      Um blog com fins pedagógicos, um edublog, é um blog destinado a algum propósito educacional. Então, o primeiro passo a ser dado é definir o objetivo do seu blog. Você pode dar esse passo respondendo à seguinte pergunta: quem vier ao meu blog poderá aprender sobre…

7.      Esse blog aqui, por exemplo, “Professor Digital”, é um edublog que tem como objetivo fornecer reflexões, dicas, sugestões e materiais de consulta sobre o uso pedagógico das TICs. Mas eu também tenho um outro blog onde o objetivo é discutir a Educação de forma mais geral, outro onde discuto assuntos relativos à Física e, ainda, um outro onde simplesmente faço um diário de reflexões sobre minha escola. Cada um deles tem um objetivo diferente e, por isso mesmo, são blogs diferentes.

8.      Um professor de história pode criar um blog com o objetivo de fornecer material extracurricular de história para seus alunos, ou pode querer criar um onde apresentará e discutirá situações da atualidade, ou ambos; um professor de matemática pode criar um blog para ensinar matemática, ou para contar a história da matemática e contextualizar suas aulas, etc. O assunto do blog, em si, pode variar imensamente, mas é importante entender que edublogs são blogs focados na educação.

9.      O segundo passo consiste em definir o seu público alvo. Se você leciona para alunos do Ensino Médio, então esse pode ser seu público-alvo. Mas se quiser fazer um blog para apresentar experiências didáticas, sugestões de aulas, discutir currículo ou apresentar ferramentas auxiliares para os professores da sua área, então é claro que seu público-alvo serão os professores e não os alunos. Você pode ser “pretensioso” e querer atender esses diferentes públicos em um mesmo blog, mas você corre o risco de acabar não atendendo a nenhum deles e vê-los rejeitar o seu blog.

10.  É melhor focar seu blog em um público-alvo bem específico e concentrar esforços aí. Se você quiser atingir diferentes públicos, crie diferentes blogs, é mais eficaz. Nesse blog aqui o meu público alvo são professores e formadores de professores interessados no uso pedagógico das TICs. Nos meus outros blogs os públicos-alvos são diferentes.

11.  O terceiro passo é a parte que requer mais “suor”: publicar conteúdo relevante. Não é preciso que o conteúdo seja produzido por você mesmo, mas é preciso que o conteúdo seja relevante, interessante e útil para quem visitar seu blog em busca da aprendizagem que você está oferencendo. Neste blog aqui a minha opção foi a de publicar meus próprios artigos sobre o uso pedagógico das TICs, mas há centenas de excelentes blogs que reúnem diversas publicações de outros blogs, inclusive do meu, e que oferecem ao seu público um material muito mais rico do que o material que cada blog “original” oferece aos seus leitores.

12.  Tanto criar seus próprios artigos e seu próprio conteúdo, quanto pesquisar na Internet bons artigos e materiais para então oferecê-los aos leitores do seu blog, demanda trabalho, tempo de dedicação e muita responsabilidade, pois mesmo não sendo um material assinado por você, ao torná-lo disponível no seu blog, você estará sendo co-responsável pela divulgação desse material. Para quem trabalha com Educação a responsabilidade por oferecer material de qualidade e informação confiável é um dos pressupostos básicos.

13.  Por fim, o quarto passo talvez seja mais difícil do que o terceiro, pois implica em repetir o terceiro passo muitas vezes, já que um blog que não recebe atualizações frequentes tende a se tornar apenas um “repositório de textos mortos”. É claro que esse blog sempre receberá visitas de novos usuários, mas ele perderá seus antigos leitores por falta de conteúdo atualizado. Por outro lado, dependendo dos conteúdos que você publique no seu blog, atualizá-lo poderá não ser uma tarefa fácil. Além disso, é preciso dedicar um bom tempo para essas atualizações.

Uso pedagógico do telefone móvel (Celular).


O telefone móvel, ou celular, foi lançado em 1973, em Nova Iorque. Na época ele era gigantesco, pesava o equivalente a dúzias de celulares modernos e tinha uma área de abrangência muito restrita, além de ser analógico (*1) e não digital (*2).

Somente uma década mais tarde, em 1983, chegaria ao mercado o primeiro modelo comercialmente viável, o DynaTAC 8000x, da Motorola, pesando apenas 794,16 gramas.

Você pode encontrar um pouco da história dos celulares nos links sugeridos no final deste artigo.

O meu primeiro celular, foi um “tijolinho” da Motorola que inaugurou a linha de microcelulares, o Microtac. Na época (década de 90) ele custava caríssimo e só funcionava em uns poucos lugares “iluminados”, pois a maior parte do país ainda era uma área de sombra (*3) para a telefonia móvel incipiente de então.

Confesso que na época eu mesmo não via nenhuma outra utilidade no telefone celular que não fosse a de poder falar de diferentes lugares com um mesmo telefone. O celular era então apenas um telefone e somente adultos dispostos a investirem uma quantia razoável, e que tivessem uma boa razão para tal, se dispunham a comprá-lo.

Hoje em dia o telefone celular é um dos aparatos tecnológicos mais comuns. Segundo pesquisa do Núcleo Gestor da Internet no Brasil, em 2008 52% da população do Brasil já possuía telefone celular. Nos grandes centros urbanos já é quase impossível encontrar alguém com mais de 14 anos que não tenha um telefone celular.

Os telefones celulares atuais são pequenos, leves, tem baterias duradouras, funcionam em quase todos os lugares e há muito deixaram de exercer apenas a função de telefone. Hoje em dia os telefones celulares são verdadeiras centrais multimídias computadorizadas (*4) onde se pode telefonar (Sim! Os telefones celulares ainda servem para telefonar!), ouvir rádio, mp3, assistir TV, tirar fotos, fazer filmes, gravar voz, jogar videogame, mandar e receber e-mails ou arquivos e acessar a Internet, dentre outras muitas funções.

E é justamente por serem centrais multimídias computadorizadas que os telefones celulares deixaram de ser apenas telefones e passaram a ter múltiplas finalidades. E é claro que entre os muitos usos que podemos fazer deles, alguns também podem ser pedagógicos!

Desfazendo alguns mitos


Antes de propor usos pedagógicos para o telefone móvel celular atual é preciso desfazer alguns mitos sobre a presença do celular na escola e o principal deles é o que diz que o telefone celular é desnecessário na escola e, além disso, atrapalha o andamento das aulas.

Alguns professores se queixam que os telefones celulares distraem os alunos. É verdade. Mas antes dos telefones celulares eles também se distraiam. A única diferença é que se distraiam com outras coisas; como aliás, continuam fazendo nas escolas onde os telefones celulares foram proibidos. O que causa a distração nos alunos é o desinteresse pela aula e não a existência pura e simples de um telefone celular. Exemplo claro disso é que em muitas escolas e em muitas aulas os alunos não se distraem com seus celulares, apesar de estarem com eles em suas mochilas, nos bolsos ou mesmo sobre as carteiras.

Alguns afirmam que os alunos usam celulares para colar. Bom, é provável que sim. Alunos colam sempre que estão diante de provas e atividades que permitam ou estimulem a cola. Essas provas e atividades são geralmente pobres e requerem apenas uma resposta “decorada” ou que se assinalem alternativas, coloque-se verdadeiro ou falso ou se forneça um número como resposta. Nesses casos colar é a solução mais inteligente como resposta a uma avaliação pouco inteligente. Em avaliações onde o aluno precisa pensar, construir respostas próprias ou realizar “ações”, praticamente não há como colar, nem com celular, nem sem celular. Além disso, como todo professor sabe muito bem, a “tecnologia da cola” é muito anterior à do celular.

Pesquisa escolar na Internet: Ctrl+C & Ctrl+V versus Cópia Manuscrita.


Este é mais um relato de case sobre como práticas obsoletas tendem a resistir em ambientes onde os novos paradigmas de aprendizagem introduzidos pelo uso das TICs não são bem compreendidos pelos educadores e sobre como e porque isso deve ser mudado.

A situação em questão deu-se na escola do meu filho, que agora cursa a quarta série de nove anos (antiga terceira série). A escola é uma escola particular de uma cidade média do interior paulista que atende a um público das classes C e D (classe média e média baixa) e todas as séries, do Maternal ao Ensino Médio, incluindo alguns Cursos Técnicos. É uma escola grande e tradicional, porém bem cuidada e com uma boa qualidade de ensino comparada à média das escolas paulistas.

Embora a escola seja tradicional e não tenha nenhum enfoque significativo no uso pedagógico das TICs, como muitas outras, ela oferece algumas “aulas na sala de informática”, mas são raros os professores que utilizam as TICs de forma significativa em suas práticas ou com seus alunos e a escola não oferece suporte para esse uso em sala de aula. Assim, o perfil pedagógico dos professores e de suas aulas é o perfil tradicional de uso da lousa e do giz como suas principais ferramentas tecnológicas.

Este case trata da forma truncada e superficial como a pesquisa na Internet é vista pelo corpo docente (e pela escola) e sobre como é possível propor mudanças nessas concepções a fim de se mudarem também algumas práticas pedagógicas que visem promover uma melhor adequação da escola à realidade do aluno atual.

Papiro antigo. Podemos copiá-lo na íntegra sem que, no entanto, saibamos o significado de nenhuma de suas palavras.

Resumidamente, o problema discutido aqui pode ser descrito como se segue: “A professora da quarta série de nove anos, em reunião de início de ano, anuncia que durante o ano serão solicitadas algumas pesquisas aos alunos e que estes devem devolver suas produções em papel, com textos copiados à mão”. A justificativa para tal proposta é que “os alunos tendem a copiar e colar integralmente os textos que encontram na Internet”.

Embora essa metodologia possa parecer que faça algum sentido e sua justificativa pareça ser “bem intencionada”, e assim foi compreendida pela quase totalidade dos pais presentes à reunião, veremos a seguir que esse tipo de atividade de pesquisa escolar, onde se usa a Internet como uma das fontes de informação, não condiz com a metodologia proposta (cópia à mão e apresentação em papel) e que, essa metodologia de cópias à mão não apenas é obsoleta como também é sensivelmente prejudicial à aprendizagem dos alunos.

O problema da pesquisa escolar na Internet


Já dispomos de milhares de publicações, livros, artigos e papers tratando do uso da Internet como ferramenta de pesquisa e é um consenso entre educadores que utilizam as TICs que a Internet é, sem dúvida, a maior fonte de pesquisa disponível de forma acessível aos alunos. Portanto, não pretendo focar aqui na utilidade da Internet como fonte de pesquisa, o que estou dando como fato concreto, e sim nas mudanças do percurso de aprendizagem dos alunos ao utilizarem a Internet como meio de obtenção de informações e na necessidade de compreender essas mudanças para ensinar melhor e permitir que o aluno aprenda mais.

Toda pesquisa é, em sua essência, uma coleta de informações a partir das quais se podem produzir resultados variados, que vão desde o uso imediato da informação coletada até a produção de novas informações e novos conhecimentos a partir da análise, desconstrução e reconstrução dos conhecimentos obtidos com a pesquisa.

A pesquisa escolar, quando voltada aos alunos do Ensino Básico e, em especial, aos alunos do Ensino Fundamental, visa objetivos bastante amplos, dos quais, para efeitos ilustrativos, relaciono apenas dez objetivos gerais e mais cinco relativos ao uso das TICs:

  1. desenvolver atitudes autônomas de busca de informações;
  2. desenvolver a habilidade de usar diferentes meios de pesquisa (livros, revistas, entrevistas, experimentações, Internet, CDROMs e muitas outras fontes);
  3. desenvolver a habilidade de leitura e interpretação de textos;
  4. expandir o universo textual do aluno, colocando-o diante de diferentes formas de linguagem (textos com diversas formas de linguagem, figuras, gráficos, ilustrações, imagens, filmes, etc.);
  5. desenvolver a capacidade de análise e síntese das informações (respeitado o nível de desenvolvimento cognitivo da série e faixa etária do aluno);
  6. desenvolver habilidades artísticas relativas à apresentação gráfica dos trabalhos de pesquisa produzidos, fazendo-se uso de imagens e ilustrações diversas, bem como de programas e instrumentos de produção artística;
  7. desenvolver a habilidade de escrita, reescrita e produção textual;
  8. desenvolver habilidades de comunicação ao apresentar os resultados da pesquisa;
  9. desenvolver habilidades de trabalho colaborativo (pesquisando-se em grupos e contando com apoio de adultos);
  10. trabalhar questões de ética e cidadania relativas à propriedade intelectual;
  11. desenvolver habilidades no uso das TICs (computadores, Internet, gravadores, filmadoras e outras tecnologias de pesquisa, armazenamento de informações, tratamento de textos e imagens, etc.);
  12. desenvolver habilidades de pesquisa usando-se bancos de dados não classificados (uso da Internet);
  13. desenvolver habilidades de comunicação digital (produzir textos, apresentações, filmes e outros materiais em mídias digitais, trocar informações e colaborar por meios digitais);
  14. desenvolver habilidades de publicação digital (publicar em blogs, comunidades, galerias de imagens, etc.);
  15. desenvolver habilidades de integração de diferentes mídias (uso de multimídia: texto,som e imagem).

Uso pedagógico do GoogleDocs.


O que é o GoogleDocs?


O Google é um paraíso da web 2.0

O Google é bastante conhecido por sua ferramenta de busca de mesmo nome e que lhe trouxe toda a popularidade que o nome tem hoje em dia, mas desde há muito o Google deixou de ser apenas um buscador para tornar-se um “paraíso da Web 2.0“.

Dentre toda a parafernália de ferramentas web 2.0 disponibilizadas pelo Google, vamos nos deter no pacote denominado GoogleDocs.

O GoogleDocs originou-se de dois produtos separados, adquiridos e modificados pelo Google: o Writely, um processador de textos colaborativo que pode rodar a partir da web, e o Google Labs Spreadsheets, uma planilha de cálculos também colaborativa e que pode rodar a partir da web. Assim começava a nascer o GoogleDocs, em 2006. Posteriormente foram incluídos um gerador de apresentações de slides e, mais recentemente ainda, a possibilidade de armazenar e compartilhar todo tipo de arquivo em 1 Gb de espaço de armazenamento gratuito.

Assim, hoje o GoogleDocs consiste em um pacote de programas de escritório semelhante ao Office da Microsoft ou ao BrOffice da Sun, com o diferencial de que é gratuito, online e permite a colaboração na edição dos documentos. Além disso os “docs” do GoogleDocs são compatíveis com os demais pacotes de ferramentas para escritório, podendo ser salvos, lidos e editados por qualquer um deles. Para acessar e poder usar o GoogleDocs basta ter uma conta no Google.

Para que serve o GoogleDocs?


O GoogleDocs serve para as mesmas finalidades que os pacotes de escritório vendidos comercialmente, como o Office, da Microsoft, ou distribuídos gratuitamente, como o BrOffice da Sun. Por ser um pacote de ferramentas de escritório o GoogleDocs nos permite criar, armazenar, compartilhar e distribuir documentos de texto em vários formatos, planilhas de cálculo e apresentações de slides.

Por ser uma ferramenta web 2.0, o GoogleDocs é gratuito e não requer licenciamento de uso, o que o torna uma excelente opção para quem não tem um pacote de escritório instalado em seu computador.

O acesso ao GoogleDocs pela Internet e o armazenamento dos documentos na própria web permitem que se possa acessar, consultar e editar os documentos de qualquer lugar com acesso à rede.

O fato de podermos compartilhar os documentos de várias maneiras, possibilitando tanto o acesso a eles para leitura quanto para edição compartilhada, nos permite também criar documentos colaborativos ou disponibilizar documentos apenas para consulta. É claro que também podemos manter esses documentos com acesso restrito apenas a nós mesmos.

Atualmente, com o Gears, também do Google, pode-se sincronizar os documentos do GoogleDocs com o seu computador desktop (ou notebook), permitindo que você possa editar os documentos localmente usando um navegador comum (IE, Firefox, etc.) e depois atualizar os documentos armazenados na rede assim que estiver conectado (o processo é automático). Isso nos dá a possibilidade de usar o pacote de escritório online de maneira offline e elimina de vez a necessidade de se ter um pacote de ferramentas de escritório instalado no seu computador.

O GoogleDocs também permite a criação de formulários online que podem ser usados para diferentes finalidades e gera automaticamente diversas estatísticas com os resultados coletados nesses formulários. Essa ferramenta é ideal para questionários de pesquisas, por exemplo. A cada formulário é associada uma planilha que pode também ser editada manualmente ou baixada para o seu computador se quiser realizar outras análises com ela.

As crianças no Facebook.